Área eletricamente inativa é aquela onde não existe ativação ventricular da forma esperada caracterizada pela presença de ondas Q patológicas ou equivalente em duas derivações contíguas. As ondas Q são geradas, geralmente, como consequência de alterações produzidas nas áreas de infarto (cicatriz/fibrose).
Critérios Eletrocardiográficos
- Qualquer onda Q em V2-V3 > 20 ms ou complexo QS em V2-V3
- Onda Q ≥ 30 ms e ≥ 1 mm de profundidade ou complexo QS em D1, D2, aVL, aVF ou V4-V6 em duas derivações contíguas (D1, aVL; V1-V6; D2, D3, aVF). O mesmo se aplica para as derivações V7-V9
- Onda R > 40 ms em V1-V2 e R/S > 1 com onda T positiva na ausência de distúrbios de condução
* Os critérios se aplicam na ausência de SVE ou BRE.
Topografia

ECG nas Áreas Eletricamente Inativas

Área eletricamente inativa anteroapical. Presença de ondas Q/complexos QS na parede anteroapical.

Área eletricamente inativa anterior média. Presença de ondas Q patológicas nas parede anterior-médica (derivações D1, aVL e V2).

Área eletricamente inativa inferolateral. ECG com BRD e ondas Q patológicas na parede inferolateral (D2, D3, aVF, V5 e V6).
Tópicos Relacionados
Referências
- Samesima N, God EG, Kruse JCL, Leal MG, et al. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre a Análise e Emissão de Laudos Eletrocardiográficos – 2022. Arq Bras Cardiol. 2022;93(3 Suppl 2):2–19.
- Thygesen K, Alpert JS, Jaffe AS, Chaitman BR, et al. Fourth universal definition of myocardial infarction (2018). Eur Heart J. 2018;40(3):237–69.
Livros de ECG
Scheffer MK, De Marchi MFN, de Alencar Neto JN, Felicioni SP. Eletrocardiograma de A a Z. São Paulo: Manole, 2024.
Scheffer MK, Ohe LN, de Alencar Neto JN. Manual Prático de eletrocardiograma. 2022.
Alencar JN. Tratado de ECG. 2022.